domingo, 13 de janeiro de 2013

Seleção sub-20 é derrotada e começa a viver drama

 Olá, pessoal. Nesta noite, a seleção brasileira sub-20 disputou sua segunda partida no sulamericano de futebol. No primeiro jogo, o Brasil empatou com o Equador em 1 a 1. Desta vez, a equipe enfrentou o Uruguai, uma equipe mais técnica e organizada. A equipe entrou com o mesmo esquema tático e a mesma escalação da última partida: Um 4-3-3 que sobrecarregava toda a marcação do meio-campo em cima de Misael e com pouco poder de foto no ataque, com os jogadores ofensivos brasileiros errando passes e sem criatividade para armar jogadas. A entrada de Fred na equipe pouco surtiu efeito. Estava na cara que algo ia dar errado.

 O Brasil sofreu o primeiro gol no primeiro tempo em uma lambança de Luan e Dória. Os dois se enrolaram completamente com a bola, que sobrou no pé de Laxalt, que soltou a canhota no canto no alto do gol.

 Na segunda etapa, Mansur manchou sua bela atuação na partida até o momento cometendo um pênalti bobo em Cesar. Rolán cobrou com precisão e ampliou o placar para a celeste.

 Com o passar do tempo, o Brasil percebeu que a troca de passes se tornava algo difícil para se aproximar do gol uruguaio e passou a abusar das bolas aéreas. Em cruzamento de Fred, o goleiro Cubero saiu mal, a bola raspou em suas mãos e morreu no gol.

 Dois minutos depois, o Brasil chegou ao empate mais uma vez na jogada aérea. Após novo cruzamento, Mattheus desviou e Marcos Júnio escorou para marcar o segundo gol brasileiro.

 Após os gols, a equipe recuou, e, sem homens de marcação no meio de campo, os armadores uruguaios tiveram ampla liberdade para criar jogadas, que aos 45 minutos, resultou em um gol de López após lançamento de Laxalt, com falha de posicionamento do zagueiro Dóira. Fim de jogo e vitória uruguaia.

 Como podem ver, o treinador brasileiro pecou nas duas partidas ao colocar um esquema muito ousado para uma equipe pouco ousada. Um 4-3-3 deve ser usado apenas com equipes entrosadas, criativas e agressivas tecnicamente. A seleção não conseguía formar uma só jogada com a bola no chão e os dois gols saíram de jogadas aéreas, que deveriam ser usadas mais vezes por esse time. Equipes desentrosadas tem mais que obrigação de explorar as jogadas pelo alto enquanto não há o entendimento no toque de bola! E para ajudar ainda mais nesse entrosamento um esquema tático mais simples, como um 4-4-2 por exemplo. Jogadores como Adryan e Fred estão em posições erradas, o que dificulta mais ainda a capacidade técnica da equipe. Um 4-4-2 simples ajudaria muito e a seleção poderia criar mais na partida.

 Dou destaque para Mattheus e Mansur, que foram os melhores do Brasil em campo. Desgostei da atuação da dupla de zaga Dória e Luan, que mais uma vez fizeram trapalhadas e o treinador Emerson Ávilla, que esquematizou e mexeu mal na equipe.

 Com um empate e uma derrota, a situação vai se complicando para o Brasil, que está em 4º lugar no grupo B.



2 comentários:

João Elias Cruz disse...

O Brasil teve um 4-3-3 caracterizado pelas chegadas ofensivas de Fred, que na verdade, atua como meia-ofensivo de origem, portanto, não atuou em seu devido lugar. Ofensivamente, faltou produtividade à nossa seleção e os erros de posicionamento atrapalharam muito. O Brasil só se tornou realmente produtivo, com a entrada de Rafinha, que começou a atuar pelo flanco esquerdo e deu um pouco mais de dinamismo em suas jogadas individuais. Também temos que admitir que o Uruguai é um time de nível e que tem um plantel de qualidade. A Celeste apostou nos contra-ataques, com as jogadas de Laxalt, que é um meia bastante veloz e com um passe de ótima qualidade. Renato Cesar e López também incomodaram em suas tentativas de penetração e com algumas jogadas individuais. Ofensivamente, o Uruguai tem um time muito bom! Mas agora, a situação da seleção sub-20 realmente é crítica!

BrauneFogo disse...

No Internacional, Fred atua mais nas pontas com velocidade do que na armação e o Brasil só teve uma melhora quando começou a explorar jogadas aéreas. Concordo com tudo que disse!