sábado, 13 de julho de 2013

O Juninho voltou - Há uma luz no fim do túnel!

 Acorde, vascaíno, há uma esperança! Não, não é um sonho. Mesmo afirmando que o NY Red Bulls seria seu último clube na carreira, Juninho voltou atrás e decidiu voltar à sua casa. O pernambucano assinou com o Vasco da Gama até o fim do ano para tentar afastar de vez a mal clima, reatar os laços do clube com a torcida e livrar o Gigante da Colina do temido fantasma da Série B.

 Com uma diretoria e administração pouco profissional e despreparada , o Vasco da Gama entrou talvez em sua pior crise econômica em todos os seus 114 anos de vida. Salários atrasados, brigas internas, jogadores desqualificados, equipe perdida. Essa é a situação em que se encontra esse gigante do futebol carioca e brasileiro.

 Desde o começo do ano, clube torcida e elenco já iniciavam a temporada com um clima de pessimismo e de muita cautela. A eliminação antecipada no carioca e as goleadas sofridas no campeonato brasileiro não conseguiram ser evitadas por nenhum milagreiro. Nem pelo modesto Gaúcho. Nem pelo vitorioso Autuori.

 A partir de agora, o ambiente é outro. Treinador novo, porém não tão novo assim. Dorival Júnior, técnico do clube na volta à elite em 2009, está de volta. Além do técnico, craque novo também, mas nem tão novo assim. Juninho Pernambucano, aos 38 anos, volta ao Vasco para abrir o caminho cruzmaltino para sair deste obscuro túnel de amargura. Uma amargura longa, tanto para os torcedores, quanto para quem compõe o clube. Fora ou dentro de campo, tudo encontra-se perdido.

 Portanto, chegou a sua hora, Juninho. O momento de salvar seu clube de coração do abismo que lhe aguarda. O momento de reassumir seu trono. E que este reinado de glórias torne-se eterno!

Bem vindo de volta ao Brasil, reizinho!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Galo vingador na final - O futebol agradece, o destino resolve

 Por mais uma vez, o futebol mostrou porque é considerado o esporte mais fantástico, imprevisível e emocionante do planeta. Na noite de quarta, Atlético Mineiro e Newell's Old Boys enfrentaram-se na segunda partida das semifinais da Libertadores da América no estádio Independência. O galo entrava em campo precisando de no mínimo dois gols para levar a partida às penalidades.

 Dois clubes com histórias muito semelhantes. Ambos casas de grandes craques, clubes com fome de título, obcecados para terem aos seus pés, a América. Gigantes centenários e adormecidos que, a cada segundo, tentam despertar-se do coma, se levantar e conquistar o mundo, para honrar toda a tradição e o longo e amargo sofrimento das duas torcidas, dando ao confronto um tempero a mais de emoção e frustração, tanto na briga do Galo contra o relógio quanto na luta dos Leprosos contra a pressão do ataque adversário.

 Porém, no futebol é assim. O predestinado nunca perde, sempre estará sendo levado ao caminho certo pelos "Deuses do futebol" e pelo "sobrenatural de Almeida" como assim diziam Armando Nogueira e Nelson Rodrigues, dois poetas que, com certeza, reviraram-se e retorceram-se em seus caixões com as vibrações inexplicáveis deixadas no ar por esta histórica partida em Belo Horizonte.

 No começo da partida, explosão logo de cara para coroar a tensão da massa atleticana. Genialidade de Ronaldinho para deixar Bernard na cara do gol. O menino não desperdiçou como na primeira partida e iniciou a épica história que estava para ser escrita nesta noite. Mas a euforia e empolgação dos atleticanos iam se transformando em rostos tensos, nervosos conforme o tempo passava, o time errava e a arbitragem prejudicava, deixando de marcar dois pênaltis claros em Jô e Diego Tardelli.

 Nos últimos minutos, silêncio no Horto, já que o feitiço virava-se contra o feiticeiro, parecendo dar adeus a um sonho e morrendo no Independência diante de sua apaixonada torcida. Porém, faltando quinze minutos para o apito final, refletores desligam. Um apagão em forma de luz, que iluminou e acalmou os jogadores do Atlético com sua escuridão. Por acaso ou não, estava tudo nas mãos de Deus.

 Recomeça o jogo, o Galo briga contra os onze minutos que lhe restam na Libertadores. Cuca arrisca e manda mais três atacantes a campo: Luan, Alecsandro e Guilherme e tira Bernard e Tardelli. Loucura ? Não. PREDESTINAÇÃO. Faltando sete minutos para o fim, Guilherme acerta um lindo chute e mantém o Galo vivo no Horto. E quem diria ? Logo um ex-cruzeirense salvando o nome do Atlético Mineiro no maior jogo da história do clube.

 Fim de jogo, penalidades. O momento onde um herói pode virar vilão, e vice-versa. Jô, artilheiro da equipe na competição, e Richarlyson, um dos guerreiros do time, perdem suas cobranças. Porém, por pura ação no destino, são salvos do amargo cargo de vilão pelas cobranças perdidas por Guzmán e Cruzado.

 Na últma cobrança, Ronaldinho converteu. Faltava ele, Maxi Rodríguez, o principal jogador do clube argentino e um dos grandes jogadores da decisão. Porém, o craque perde a cobrança em um gol que se fechou diante da vibrante torcida atleticana, das graças do santo destino e das mãos de um gigante São Victor, para mais um delírio do narrador Pequetito. Os até então azarados Cuca e Galo se classificavam para a final da Libertadores, tendo pela primeira vez MUITA sorte em suas histórias.

 Parabéns, Atlético Mineiro. Mostre força e terá, daqui duas semanas, a América aos seus pés. Parabéns, Cuca, pois finalmente, a tua estrela brilhou. Agora é Galo na final. Porque caiu no Horto, tá morto. Mas caiu no Mineirão, É CAMPEÃO. O futebol agradece.