segunda-feira, 30 de junho de 2014

Brasil1(3)x1(2)Chile - Oremos, pois só assim venceremos

 Inicio aqui nesse texto, crônica, carta, seja como qualquer leitor interprete, revoltados e preocupantes opiniões sem titubear. Embora esteja eu ainda na terceira linha, não há tempo a perder sobre tamanha situação de emergência na qual se encontra o escrete brasileiro. A copa do mundo no Brasil, para os brasileiros, pode sim tornar-se mais um fiasco após sessenta e quatro anos de espera.

  Escrevo rápido, digito veloz, de tão amedrontado que estou. Mesmo com todo este temor, a minha tensão não chega nem perto daquela vista nos quatro jogos executados pelo Brasil no mundial. Erros infantis nas saídas de bola, comuns de vermos em partidas da série C do campeonato brasileiro. Triangulações e envolvimento tático de forma fácil e tranquila feita por todos os adversários na intermediária e pelas pontas defensivas de nossa zaga. Erros de passe, falta de criatividade, gols que não se pode perder em nenhum tipo de partida, quem dirá numa Copa do Mundo.

 O esquema de Felipão é confuso, de difícil compreensão. Simplesmente não há ninguém no meio. Sim, é isso mesmo que vocês estão vendo durante a Copa do Mundo inteira: A seleção pentacampeã mundial, disposta a vencer a levantar a taça que não conquistou em 1950, não possui meio de campo.

 Luiz Gustavo atua quase que como um terceiro zagueiro. Fernandinho ou Paulinho presos à marcação. Três atacantes, e simplesmente um jogador que não é armador, colocado na posição clássica da equipe. Oscar nunca foi, não é e nunca será armador. Oscar é um homem de mais velocidade, disposto a penetrar pelas pontas, armar jogadas pela linha de fundo. Não possui as mesmas características e funções que Ronaldinho, Jadson ou Ganso poderiam desempenhar. Não temos alguém para criar jogadas, ligar o ataque ao jogo, colocar alguém na cara do gol em questão de segundos. Cabe a Neymar fazer tudo sozinho, e Fred, assistir de dentro do campo, sem nada poder fazer.

 Nossas laterais também impressionam com tanta infantilidade e falta de poderio defensivo. Marcelo por nervosismo. Daniel Alves por falta de competência. Se contra o Chile, que ataca pelo meio, tiveram inúmeras dificuldades, imagine contra a aberta Colômbia de James e Cuadrado.

 Sem meio para armar ou laterais para marcar, o principal problema está no emocional de nossos jogadores. Ambos os titulares tem emocionais fraquíssimos. Júlio César, o nome do jogo, embora genial, chorou antes, durante e após as cobranças, esbanjando nervosismo. Thiago Silva, amedrontado e tenso, quis ficar o mais longe possível da marca da cal, apresentando tudo que um capitão não pode ter. Willian e Hulk, apressados e em pânico, desperdiçaram duas cobranças na disputa fatal. Num jogo contra uma equipe de maior porte, estaríamos perdidos.

 Nunca viu-se uma seleção brasileira tão nervosa e emocionalmente despreparada para um mundial. Jogadores jovens, imaturos, que se estão errando desta forma contra seleções medianas, imagine contra as gigantes daqui algumas semanas.

 Deixo a análise de lado, a crônica bonita, a as palavras rebuscadas que poderiam ser cravadas nesta edição da emocionante partida decidida nas penalidades pelas luvas abençoadas de Julio Cesar para mostrar meu relato de indignação, preocupação e espanto, com uma seleção que não representa o tamanho de sua camisa. Definitivamente, desta forma, o Brasil não tem condições de ser hexa campeão do mundo, Oremos por um milagre. Que os gênios que já nos deixaram, nos ajudem lá de cima.