sábado, 19 de janeiro de 2013

30 anos sem Garrincha

 Há trinta anos atrás, morria o maior ídolo do Botafogo e maior driblador da história do futebol. Manoel do Santos completaria 79 anos hoje se estivesse vivo. Nascia em 1933 um anjo, um santo, uma figura. Um homem que fez do 7 o número mais importante da história do Botafogo, que ensinou o mundo a jogar certo de perna torta. Que não via diferença de jogar uma pelada no quintal de casa e jogar uma final de Copa do Mundo. Que se deu o direito de chamar a Copa do Mundo de "torneiozinho". Que entrava em campo sem saber o adversário. Que driblou OITO furiosos mexicanos que o cercavam na ponta da grande área (figura abaixo). Que acabou com Arpajo. Que fazia os zagueiros terem pesadelos com ele à noite, chutar a mulher na cama nos sonhos e ter medo de marcá-lo, afinal, ninguém queria ser lembrado como "o cara que machucou Garrincha"... Cuidado por Nilton Santos, quase um pai de Garrincha. E enterrado com o manto alvinegro.
 O jogador que venceu duas copas do mundo distribuindo assistência para os atacantes, que ficavam com todo o crédito. O cara que trouxe a copa de 62. O MONSTRO que driblava a tudo e a todos SEM PIEDADE. Para Garrincha, não importava se era São Cristóvão, Bangu, Flamengo, Barcelona, Suécia, Alemanha, Argentina. Para Garrincha, eram todos iguais. Eram todos apenas "mais um João"... Enfim, se ficarmos aqui relembrando a vida de Garrincha, o mundo acaba antes. Porque nada maior que os dribles e as lendas desse verdadeiro mito do futebol MUNDIAL.
 Um anjo de pernas tortas que foi a alegria do povo brasileiro e botafoguense durante muito tempo, mas que nunca recebeu todo o crédito que merecia da CBF. Nunca lhe foi feita nenhuma homenagem, cerimônia, ou qualquer recordação a um dos maiores (se não o maior) herói da história do futebol brasileiro.
  Se nenhuma autoridade brasileira se pronuncia sobre esta figura magnífica, faço EU esta homenagem: um botafoguense que se arrepende de não ter nascido antes, só para vê-lo jogar. Obrigado, Garrincha... O MAIOR DE TODOS.


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