segunda-feira, 28 de julho de 2014

A volta de Dunga - A máscara de Marin frente à sujeira

 Na última terça-feira, foi anunciado um atraso. Uma volta. Um retrocesso para quem busca, precisa e necessita evoluir a qualquer custo. Se em 2006 voltamos ao passado ao anunciarmos Parreira, em 2013 com Scolari e Parreira novamente, agora, no 2014 pós Copa, mais um regresso é anunciado pela máfia frente à Confederação Brasileira de Futebol. Após quatro anos, Dunga está de volta ao comando do futebol brasileiro, mesmo tendo no mercado grandes opções como Muricy Ramalho e Tite.

 A justificativa do anúncio foi curta, grossa e clara, assim como todas as entrevistas ao perfil arrogante de Dunga. Os argumentos dados por Marin e Del Nero foram: 75% de aproveitamento, dois títulos, liderança nas eliminatórias e "45 minutos ruins".

 Com toda a sua experiência e malícia em política e tramoias, Marin tem inteligência suficiente para entender e saber que não se pode avaliar o trabalho de Dunga apenas pelos pontos positivos no geral. É melhor esconder os erros por debaixo do tapete.

 O temperamento descontrolado, o nervosismo que passava para o grupo, a arrogância como embaixador do nosso futebol e a falta de experiência em um cargo em que a necessidade maior é a própria, são apenas alguns pontos fracos do Gaúcho linha dura. Desrespeitava os repórteres, espalhava e cuspia grosseria e má educação aos montes, xingava e esbravejava com arbitragem e jogadores nos jogos. Após a derrota para a Holanda, não foi cumprimentar nenhum membro adversário, chutou o banco de reservas e voltou ao vestiário. Como pode ser um treinador? Simplesmente é um animal, conduzindo a seleção brasileira ao descontrole total.

 Foi assim por quatro anos, até 2010, e agora, não será diferente. Além de seu descontrole, sua teimosia e falta de malícia de trabalho também não ajudam. Treinou pela primeira vez uma equipe em 2006, a seleção brasileira. Em 2013, seu trabalho foi no Internacional, muito fraco e sem grandes resultados em um ano. Agora, volta ao cargo máximo de treinadores no Brasil. É como bater numa tecla que não funciona, bater insistentemente com esperanças que ela dê resultados, mesmo que esteja quebrada. É o mesmo que acreditar num treinador, teimoso, arrogante e sem conhecimentos táticos necessários para nos levar ao topo novamente. De tão orgulhoso e ríspido, Dunga pode deixar de fora craques como Neymar, David Luiz e Lucas para convocar jogadores de seu gosto, tudo por sua vaidade. Imaginem os problemas que isso causaria...

 O correto seria renovar, pôr um treinador novo, com a tática em dia. Um estrangeiro até seria bom, já que nossos treinadores não vivem uma fase nada agradável. Mas de nada adiantaria evoluir nossa comissão técnica se uma verdadeira máfia visando interesses econômicos conduz o nosso futuro. Não há nada a fazer quando se tem um homem da ditadura militar no cargo máximo da "democrata" Confederação Brasileira de Futebol, apoiado pela presidente Dilma Rousseff, que apanhou e sofreu de tudo e mais um pouco no regime do qual Marin era a favor há quarenta anos atrás. Só o poder para cegar as pessoas dessa forma.

 Portanto, como calar o povo, a imprensa e o mundo do futebol após a vergonha de três semanas atrás? Pintar e fantasiar um retrocesso de evolução. Dunga, por mais linha dura que seja, é um verdadeiro "pau mandado" dos mafiosos da CBF. Por que Muricy Ramalho não aceitou o cargo há quatro anos atrás? Por que Tite sequer foi sondado? Por que logo de cara descartaram um treinador estrangeiro? Pois sabem que se um homem honesto como Muricy, trabalhador como Tite ou qualquer estrangeiro acostumado com uma federação organizada, chegar aqui e dar de cara com ordens, convocações e partidas com fins lucrativos e toda essa máfia desordeira, colocariam em pouco tempo a boca no trombone. Pois é. Marin quer sossego, forjar o futebol brasileiro em paz.

 Portanto, é muito mais fácil trazer um Dunga, mascarar uma CBF disciplinada e esconder toda a sujeira para longe dos olhos do povo e da imprensa honesta. Mas quem entende de quem se tratam Marin, Del Nero, Gilmar Rinaldi, Teixeira e outros chefões do futebol brasileiro, sabe que eles não brincam em serviço. Se quiserem roubar, roubam. Se quiserem matar, matam. Se quiserem dominar tudo, dominam. Estão prontos para monopolizar por uma eternidade o nosso futebol, usando todo o poder que possuem, e toda a inteligência e malícia do mundo.

 Quem dera a inteligência destes homens fosse usada para o bem do futebol. Teríamos mais de dez títulos mundiais, com a maior facilidade. "Bem-vindo", Dunga.