Não consegui compreender a atuação do Grêmio nos primeiros minutos. Um time que parecia nunca ter jogado junto. O meio de campo de cadência de passe do tricolor não se entedia bem, talvez por ser a estreia do time titular no ano. Não conseguiam envolver a LDU com nenhuma troca de passes e pouco criaram oportunidades. Tinham sérios problemas de velocidade graças ao esquema tático com dois centroavantes (W. José e M. Moreno) e as laterais fraquíssimas do time. Com o esquema de três zagueiros da equipe de Quito, os espaços nas alas do campo ofensivo gremista estavam livres, mas não foram aproveitados por Tony e Pará. No primeiro tempo, um jogo trancado no meio de campo, com muito estudo e cautela.
Na segunda etapa, Luxemburgo retirou Willian José e pôs Eduardo Vargas, afim de criar mais velocidade no jogo do tricolor. A equipe melhorou com um jogador de velocidade em campo e a troca de passes veio a fluir, porém sem grandes resultados devido à falta de rítimo do chileno. O tricolor também abusou das jogadas aéreas, mas foi traído pela altitude, que atrapalhava nos escanteios, em cruzamentos e lançamentos.
Se no Grêmio nada dava certo, na LDU era ao contrário. Acostumada com a altitude, a equipe de Quito alçava bolas na área gremista com extremo perigo.
Com o jogo preso, o treinador Bauza colocou a principal contratação da LDU em campo. O camisa 10 Saritama entrou, armou jogadas perigosas e levantava perigosas bolas na área de Dida, que se machucou aos 29 minutos. Com a entrada de Marcelo Grohe e o time brasileiro desatento, os equatorianos cobrou a falta rápido, inverteu o jogo, e num bate rebate dentro da área, Feraud marcou um gol chorado após fazer três milagres.
A partir do toque de bola e da velocidade de Vargas, o Grêmio foi para cima do adversário. Mas visivelmente, não era dia de Grêmio. Vargas e Zé Roberto criavam diversas oportunidades, mas na hora de concluir, Marcelo Moreno não conseguia marcar. Além do boliviano, Souza e Fernando também perderam boas oportunidades de gol.
No Grêmio, destaco a estreia do zagueiro Cris, que comandou a defesa gremista durante toda a partida, fazendo belos desarmes. Também me impressionou o bom volume apresentado por Vargas logo em sua estreia. Mesmo sem rítimo, o meia apoiou muito bem o meio de campo tricolor, que necessitava de um jogador de velocidade pelas pontas, já que Tony e Pará rendiam pouqíssimo ao time.
Enfim, o Grêmio soube controlar bem a LDU em sua casa, porém acabou perdendo a partida na falta de atenção após a saída de Dida, falhas na finalização, pouca velocidade e carência nas laterais. Luxemburgo que abra o olho e modifique o esquema gremista !
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