segunda-feira, 16 de junho de 2014

Itália 2x1 Inglaterra - uma Azurra diferente, uma Inglaterra abandonada

Foi o primeiro jogo letal do verdadeiro grupo da morte da Copa do mundo. Um clássico europeu, dois gigantes, cinco títulos mundiais em campo. A Inglaterra buscando voltar ao topo depois de 48 anos. A Itália, tentando se redimir após um mundial vergonhoso em 2010, tendo a pior defesa de título da história das copas.
Há tempos, os ingleses no têm a mesma grandeza de antes. Com o passar do tempo, a internacionalização da Premier League gerou uma queda terrível no surgimento de grandes jogadores nas bases dos clubes. Rooney, sozinho, teve de comandar praticamente sozinho um esquadrão pesado de italianos.
A Itália que vimos sábado, é muito diferente da que estávamos acostumados a ver há muito tempo. O futebol objetivo e ofensivo, dispensam qualquer tipo de retranca tradicional de dez, vinte, trinta anos. Aprimoramento técnico e distribuição tática, substituem a força física e a marcação pesada presente no padrão de jogo italiano em todos os seus títulos mundiais.
Com Verratti, Marchisio, Candreva e o craque polêmico Balotelli no ataque, a Inglaterra foi aniquilada. Ataque este que só pôde obter sucesso graças a um homem que reina há tempos o meio de campo italiano. Andrea Pirlo foi disparado o melhor jogador da partida. Aos 35 anos, jogou como um menino todos os noventa minutos de jogo. Seus lançamentos, passes e enfiadas de bola, deixaram tudo muito mais fácil para o caminho da vitória. É, sem dúvidas, um dos melhores jogadores do mundo.
Num corta-luz genial e numa armação do veterano, Marchisio e Balotelli marcaram os dois gols. Sturidge, destaque inglês, até esboçou uma reação com o empate, mas a diferença na criatividade das suas equipes era absurda e exacerbada.
No fim, Rooney acabou por ouvir de Balotelli, suas próprias palavras na entrevista antes da partida. Pedindo silêncio, o bad boy provocou e afirmou com louvor: "nós não precisamos nos preocupar com os outros, mas sim, os outros com a Itália." E com razão. Afinal, se o grupo é da morte, Balotelli é o assassino.

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