segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Por que o prêmio FIFA Ballon D'Or é falho

O prêmio da Bola de Ouro da FIFA é entregue em uma ilustríssima festa anual. Tudo do bom e do melhor. Artistas, cerimônia de abertura, produção, apresentadores de ponta e uma cobertura de gala com a presença dos principais craques do futebol mundial, divulgando os principais feitos e nomes do ano. Melhores treinadores, seleções mundiais, melhor jogadora do planeta, destaques, o gol mais bonito e, especialmente, o prêmio de melhor jogador do mundo na temporada em questão.

 No entanto, tratando-se de FIFA, a frase é uma só: se engasga com mosquito enquanto engolem elefantes - mas não os brancos. No caso, de ouro.
 Segue abaixo a lista de jogadores, capitães e treinadores que votam e elegem os principais candidatos a melhor jogador do mundo. 

Fonte: Globo Esporte

Além de alguns jornalistas escolhidos, grande parte dos votos está nas mãos dos treinadores das seleções e de seus respectivos capitães. Na lista acima, é inegável não notar o tendenciosismo na maioria dos votos. 

 Enquanto Messi e Neymar votavam apenas jogadores do Barcelona à lista dos três finalista e o treinador do clube catalão, Luís Enrique, ao cargo de melhor em seu posto, Cristiano Ronaldo votava em três do Real e em Carlo Ancelotti, ex-treinador do clube merengue. Schweinsteiger, capitão da seleção alemã, optou por votar em dois companheiros de escrete como melhores do mundo. Joachim Low indicou três alemães, e ainda por cima Pep Guardiola como melhor treinador, até então no Bayern, principal clube da Alemanha.

Tata Martino, treinador argentino, talvez tenha sido o exemplo mais alarmante do tendenciosa votação, ao lado de Jorge Sampaoli, técnico chileno. Enquanto Tata votava em três jogadores argentinos, Sampaoli indicava Alexis Sanchez e Arturo Vidal a segundo e terceiro melhores do planeta, ambos da seleção chilena. 

 Pois bem. Opiniões a parte, não há nada de opinião na lista acima, pelo menos nada sincera. Ou, ao menos, é o que menos se vê.  Convenhamos, cara de pau maior não há.

 A solução estaria em dois caminhos: o primeiro seria conscientizar os bondosos e digníssimos capitães e treinadores de que não é sensato indicar a premiação de acrodo com seus respectivos interesses; a segunda seria pôr a premiação nas mãos dos principais jornalistas, grandes craques do futebol e dar direito de voto exclusivamente àqueles que não têm envolvimento algum com o sequer algum candidato à bola dourada.

 E quem dera fosse possível realizar a primeira ideia. Pulemos para o plano B. Ou a bola de ouro poderá ser chamada de ouro ao pé da letra, como nas grandes joalherias: paga-se mais, ganha. 


Daniel Oliveira Braune
#LaColuna13

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