quarta-feira, 9 de julho de 2014

As oitavas e quartas - Só espetáculo

 Atraente, fixante, tentadora e sedutora, tal como uma bela mulher. Seja necessário, trabalhar, estudar, treinar, durante um mês e um dia, o principal foco sempre será verde, com detalhes brancos e uma pequena circunferência, correndo livre ao redor de vinte e dois guerreiros. Seja qual for a necessidade, o objetivo ou os afazeres, o foco será, para muitos, a Copa do Mundo.

 Nunca se viu um mundial tão belo, com tantos jogaços. Tantos ? Que nada. APENAS jogaços. Espetáculos, de deixar qualquer amante futebolístico no planeta boquiaberto e estarrecido. Gigantes do futebol, carregando em suas pesadas camisas a tradição, o futebol potente e a responsabilidade de se manter no topo. Surpresas, jogando como gente grande, ameaçando e amedrontando as pesadas camisas do outro lado do campo. O sufoco suíço para cima da Argentina, a pressão chilena contra o Brasil, os ataques poderosos de Argélia e Nigéria contra franceses e alemães. Só jogaços, decididos no suor, no final, mesmo que sejam tão desiguais os pesos das camisas em conflitos.

 Nas quartas, jogos mais truncados, aguerridos, de cautela. O peso das camisas prevaleceu sobre a perseverança dos pequenos. O Brasil, no suor e no tamanho, derrubou a forte e ágil Colômbia. A Argentina, na sorte, sorte de gigante, desestabilizou com um gol a Bélgica. A Costa Rica bem que tentou, até empatou, mas na disputa de pênaltis, se apequenou não só diante da Laranja Mecânica, mas também do enorme goleiro Krul.  No único encontro de gigantes, presenciado por mim no maior templo do futebol mundial, a tática Alemã prevaleceu sobre o confuso, embora bonito, desentrosado futebol francês.

 Mortas mais doze, sobram quatro. Quatro gigantes, nove títulos mundiais entre três campeãs mundiais e uma revolucionária da década de 80. Tamanho é o que não falta nessas semifinais da Copa do Mundo no Brasil.

 E se tivermos sorte, no dia treze de julho, passando os dois sulamericanos, teremos a maior final da história de todo o futebol. Não há necessidade nem de dizer qual é.

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