terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

83 anos de Heleno de Freitas - crônica

 Há 83 anos, em 12 de fevereiro de 1920 no pequeno distrito de São João Nepomuceno, surgia Heleno de Freitas, a grande figura da década de 40. Um menino que dava toda a pinta de que seria advogado, pianista ou ator. Porém, o destino falou mais alto como sempre. Após am morte de seu pai, Heleno mudou-se para o Rio de Janeiro aos 13 anos, onde um espaço vazio em seu coração foio tomado por inteiro pelo Botafogo.

 Um lord fora de campo. Um delinquente dentro dele. Era assim que o galã era visto por todos ao seu redor. Por mais que fosse alertado, não adiantava. Bastava Heleno pisar entre as quatro linhas que toda a sua educação ia embora. Xingava companheiros, adversários, treinadores, árbitros e até torcedores. Com ele, não tinha brincadeira. Provocada e gesticulava por tudo. Não era nada fácil aturar o galã.

 Com o tempo, Heleno tornou-se um astro na fama do Rio de Janeiro. Vivia no luxo, ia com frequência às festas de gala do Copacabana Palace, fazia parte do clube dos cafajestes, gastava por gastar nos cassinos e nas viagens, sendo diferente de qualquer outro jogador. Sem falar no vestuário do jogador. Nunca se viu um homem tão elegante nas festas como Heleno. Usava os ternos mais caros e maravilhosos do planeta. Mas nada que influenciasse em seu futebol. Nunca faltou nem atrasou um treino sequer!

 Com a bola nos pés, mais elegãncia ainda. Sempre com a cabeça erguida, não desperdiçava chances. Matava bolas improváveis, cabeçeava bolas inalcançáveis, fazia gols inacreditáveis. Foi por esses e outros recursos que Heleno de Freitas tornou-se o quarto maior artilheiro da história do Botafogo. Na vida de Heleno era assim: Tudo com a máxima intensidade. Ele não era jogador de futebol, era jogador do Botafogo. Não importava sua saúde. O Botafogo vinha em primeiro lugar.

 Um jogador que só não conquistou o mundo devido às guerras mundiais. Afinal, só assim para parar um jogador dedicado, entusiasmado e genial como Heleno. Um homem que prezava o Botafogo a todo o momento. Que não media esforços para sair do sério. Que vivia de elegância e arrogância. Que não não aera apenas um jogador de futebol... era um mito, uma lenda, um BOTAFOGUENSE. Me sinto na obrigação de deixar esta homenagem à este ídolo que deixou tão cedo o nosso país, mas nunca deixará a história do futebol. Para mim, é mais que um ídolo: É uma referência. Uma referência que se resume a uma frase: NUNCA HOUVE UM HOMEM COMO HELENO.


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