Se haviam erros e pontos fracos no Brasil, ficaram explícitos de forma clara ontem. Aos que viam no Mexico uma presa fácil, enganaram-se. Foi un verdadeiro "susto" para mostrar a realidade do que será a fase final da Copa do mundo.
Para os que esperavam do México uma postura defensiva e fechada, enganaram-se. Souberam tocar a bola, botá-la no chão. Arriscou chutes de longe, jogadas pelo meio e pela ponta, pressionando o Brasil em diversos momentos do jogo. Giovanni dos Santos, Peralta, Guardado e companhia arriacaram bolas perigosíssimas, que amedrontavam qualquer brasileiro.
O Brasil também criou, mas sem a mesma organização tática da equipe mexicana. Mais uma vez, sem aquele camisa 10 de verdade, o armador, o Brasil atacava e de forma desordeira, dependendo da habilidade individual de Neymar e Oscar, sem acionar em nenhum momento o centroavante Fred ou qualquer outro jogador de meio, preso sempre ao sistema defensivo.
Embora tenha atacado bastante e tenha sido Ochoa o destaque do jogo, a seleção ia ao ataque de maneira desordeira, nunca com jogadas tão bem trabalhadas.
Com isso, o Brasil não criava, perdia a bola e assistia o organizado México dar um show no Castelão. Para nossa sorte, a pontaria foi o ponto fraco deles naquela tarde.
Júlio César mostrou mais uma vez sua insegurança no gol brasileiro. Com o reflexo lento e saindo mal em bolas aéreas, espalmou para frente bolas relativamente fáceis. Dani Alves, como sempre, deixando a desejar no ataque e marcando muito mal. Marcelo? Nervoso, tendo e apático. Paulinho? Caindo de produção desde que foi para o Tottenham. Ramires, desacostumado a atacar, esteve perdido. Oscar pouco pôde fazer. Fred isolado. Fica sem condições dessa maneira.
David Luiz, Luiz Gustavo, Neymar e Thiago Silva foram, na minha visão, os únicos positivos. De resto, todos falharam.
Demos muita sorte. Numa das jogadas, pudemos notar Giovanni dos Santos correndo pela direita. Ao aproximar-se da área, cortou para o meio em direção à meia-lua, até finalizar, não teve a menor dificuldade para passar dos defensores brasileiros.
Familiar? Claro. Uma jogada típica de Lionel Messi, para muitos, o melhor jogador do mundo. Se esta falta de firmeza na marcação se repetir numa partida contra ele, podemos começar a rezar.
Se contra o México foi esse sofrimento, quem dirá Cintra um gigante. Que consertemos todos os erros, antes que cheguem as provas de fogo.
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