Poucos imaginariam um passeio tão fácil assim. Já surpreendente em Holanda e Espanha, a goleada era um resultado bem improvável na principal partida do grupo G.
Mesmo sem estar em seu auge, a Alemanha é a Alemanha. Desde sempre jogando para frente, com velocidade e da maneira mais objetiva possível, sempre com jogadores de alto nível e multifuncionais.
Lahm, que é lateral, jogou de volante, deixando a direita para o zagueiro Boateng poder exercer sua forte marcação em Cristiano Ronaldo. O meia Thomas Müller, atuou como um falso nove, deixando a criação de jogadas à responsabilidade de Ozil, Kroos e Khedira. Medalhões como Klose e Podolski ficaram no banco, para modificar a característica dos jogadores e confundir o adversário.
Portugal não pôde evitar o massacre. Mesmo tendo o melhor jogador do mundo a seu favor, uma andorinha só não faz verão. Sem criatividade, Moutinho e Meireles não conseguiam ligar o meio ao ataque. Hugo Almeida e Eder sofreram as consequências.
Cristiano nada podia fazer. Todas as suas jogadas eram evitadas pela defesa alemã, e os erros infantis de seus companheiros de ataque. Na defesa, desespero com a velocidade e inteligência ofensiva germânica. Como de costume, Pepe perdeu a caneca e foi expulso, embora exageradamente, após confusão com Müller. Com menos um, virou um treino para a Alemanha.
Thomas Müller fez muito mais que provocar a expulsão do principal defensor português. Finalizou, correu, apoiou e marcou três gols, mostrando que Miroslav Klose não está a sós na disputa pela artilharia mundial.
Enfim a Alemanha achou uma formou uma maneira de colocar a campo a sua nova geração, sem dispensar totalmente os seus medalhões. Qualidade nesse grupo há de sobra, mesmo que sem Mario Reus.
Não dá para subestimar a Alemanha, seja qual for a fase. Sua tradição, seus jogadores e sua disciplina falam por si. Quanto a Portugal, seria bom aprender a renovar sua seleção, que possui a mesma base há anos. Antes dependendo de Figo e Deco. Hoje, de Ronaldo.
Se o conjunto fala mais alto que a individualidade, o placar é gritado. Quatro a zero. Sem a menor dificuldade.
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